terça-feira, 27 de setembro de 2011

Considerações sobre a responsabilidade e amor próprio



Olá pessoal, achamos importante comentar algumas questões antes de prosseguimos sobre as repercussões de determinadas ações sobre nosso caminho espiritual, devemos ter em mente que para crescermos é preciso ter responsabilidade, amor próprio e quando dizemos amor próprio não estamos falando de uma coisa bonitinha que todos repetem e professam por ai quando o assunto é relacionamento. Estamos falando de amor próprio num sentido maior, de que temos que respeitar a nós mesmos e, portanto, respeitar o nosso próprio corpo, pois é através dele que nos manifestamos no mundo físico. Ele é o invólucro de nosso espírito e é por isso muito importante também no processo evolutivo, do contrário, não seria necessário reencarnarmos aqui, não é mesmo? Por isso, assim nos foi dada a chance de reencarnamos, fruto do infinito amor universal, temos total responsabilidade sobre nosso corpo, este nos foi cedido e dele devemos cuidar, pois como poderia um ser que não cuida sequer do seu próprio corpo, cuidar de sua alma?

Então, nosso trabalho e esforço começam aqui na terra mesmo, não estamos dizendo que devemos nos tornar puros como monges tibetanos, nos alimentarmos apenas de folhas, legumes, grãos e abolir todo o resto; que devemos ser pessoas moralistas que pregam proibições variadas, mas sim que devemos tomar consciência de nossa responsabilidade com nosso corpo físico e em primeiro lugar, é preciso nos esforçar para manter sua saúde e não contribuir extensivamente com sua degradação e destruição. Devemos prezar pelo bom funcionamento dos órgãos internos sem lhes causar danos desnecessários.

Todos nós, como humanos que somos, cometemos erros no passado e por vezes extrapolamos os limites de nosso corpo físico voltados para satisfação de desejos inferiores, mas nem por isso somos monstros. Erros todos cometem e deslizes ainda cometeremos, mas uma vez que tomamos conhecimento da agressão que por vezes cometemos contra nós mesmos, fruto de nossa imaturidade espiritual, cabe a nós de agora em diante assumir uma postura mais responsável e equilibrada em relação aos desejos inferiores (sabemos o quão difícil é). Nos cabe o árduo trabalho de manter a paz e o equilíbrio interno sem nos entregarmos às imposições dos desejos oriundos de mais uma pura ilusão e fantasia humana dotadas de caráter nocivo e destrutivo que nos impede de crescer e enxergar além dessa névoa espessa dos desejos impostos.

Precisamos nos esforçar para nos libertarmos dos grilhões que nos escravizam e nos prendem a matéria, deixando-nos cada vez mais cegos, perdidos, sofrendo dores indizíveis, afundando-nos na lama da vontade incontrolável, para isso temos cada vez mais que tornarmo-nos senhores de nós mesmos e não mais nos deixarmos escravizar por vícios e desejos que não fazem senão nos destruir.
 
Pessoal, não confundam isso com a tal aclamada doutrina cristã ou qualquer outra que pregue a repressão obrigatória e dolorosa dos desejos, tal postura provoca nada menos que um retrocesso e a instauração de uma ditadura interna cega que não é capaz de enxergar com seus próprios olhos o mal que está a causar em si mesmo e sim age reprimido pelo medo de uma condenação maior. Não vejamos a necessidade de melhoramento interno como religião ou mesmo moralismo.

É preciso nos libertamos da ideia de que existe um ser superior que nos vigia o tempo todo e anota em um livro nossos pecados, de modo que ao longo da vida este livro irá se enchendo de pecados e mais pecados para no final nos ser apresentada nossa condenação. Essa visão não passa de uma fábula criada para controlar e amedrontar as mentes das pessoas e com isso remover-lhes toda capacidade de discernir por si mesmos o que é certo ou errado, o que lhes prejudica e o que lhes auxilia no crescimento pessoal, estas ilusões criadas só nos embaçam a vista, nos limitam e nos impede de crescer e adquirir maturidade espiritual.

O crescimento advém do sentimento sincero de respeito para com si mesmo, de amor para com si mesmo e não por meio do medo e de imposições doutrinárias. De nada adianta a pessoa optar por se alimentar de forma saudável, não extrapolar na bebida, não fumar, nem se drogar, apenas por imposição ou por medo de condenação, pois ao fim das contas, tal pessoa não se conscientizou verdadeiramente da responsabilidade que tem sobre si mesmo, nem aprendeu a respeitar seu corpo de forma madura e equilibrada, pois quando agimos acuados pelo medo e pela imposição desencadeamos toxinas que nos fazem mal a saúde e ao fim das contas estaremos nos prejudicando da mesma forma que aqueles que se excedem com substâncias nocivas.

Portanto, é preciso muita maturidade e equilíbrio para trilharmos o caminho da luz, este caminho não deve nos impor sofrimentos, medos, dependências, culpas, punições, mas sim muito amor e perseverança; paciência para consigo mesmo e responsabilidade para manter-se focado e não desviar-se diante das dificuldades; força de vontade para não se entregar ao desanimo e ao comodismo e uma vontade de crescer sempre mais e mais, nunca esquecendo-se de auxiliar o irmão próximo, pois o amor a todos nós pertence e deve ser irradiado para todos os seres e não somente para nós mesmos, ele é incondicional e juntos formaremos uma verdadeira civilização.

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